Você conhece seus pensamentos?
O Poder dos Pensamentos sobre a Autoestima
Você já parou para prestar atenção no que pensa sobre si mesma ao longo do dia? Muitas vezes, vivemos no piloto automático, repetindo padrões de pensamento sem perceber como eles moldam nossa autoestima e influenciam nossas emoções. O que você acredita sobre si mesma impacta diretamente suas escolhas, seus relacionamentos e até mesmo suas oportunidades de vida.

Se sua mente está constantemente reforçando mensagens negativas—como “não sou boa o suficiente” ou “sempre falho”—essas crenças começam a parecer verdades absolutas. Com o tempo, elas minam sua confiança e reforçam um ciclo de autossabotagem. Por outro lado, quando desenvolvemos uma mentalidade mais positiva e realista, somos capazes de fortalecer nossa autoestima e encarar desafios com mais segurança.
Neste artigo, vamos explorar como o piloto automático influencia nossos pensamentos, de que forma a qualidade do nosso diálogo interno impacta a autoestima e, mais importante, como podemos nos tornar mais conscientes para reprogramar padrões negativos. Afinal, se você pudesse mudar a maneira como pensa, quanto isso poderia transformar sua vida?
Agora que entendemos a importância dos pensamentos na construção da autoestima, vamos falar sobre o piloto automático e como ele pode estar te sabotando sem que você perceba.
Como a Mente Funciona no Piloto Automático
Nosso cérebro foi projetado para economizar energia e tornar processos repetitivos mais eficientes. Isso significa que, ao longo do tempo, certos pensamentos e comportamentos se tornam automáticos—como escovar os dentes ou dirigir para o trabalho sem precisar pensar em cada movimento. Esse mecanismo, apesar de útil para tarefas diárias, pode ser prejudicial quando se trata da autoestima.
Se você cresceu ouvindo críticas constantes ou internalizou experiências negativas, é possível que sua mente tenha programado pensamentos autodepreciativos como padrão. Frases como “eu nunca faço nada direito” ou “ninguém gosta de mim” podem se repetir inconscientemente, influenciando suas decisões e emoções sem que você perceba. Esse é o efeito do piloto automático mental: um fluxo contínuo de pensamentos que passam despercebidos, mas afetam profundamente sua autopercepção.
Esse padrão pode ser ainda mais reforçado pelo ambiente externo, como redes sociais e comparações constantes. Quando não estamos atentas, absorvemos mensagens que alimentam inseguranças e distorcem nossa visão sobre nós mesmas. A boa notícia? Assim como hábitos físicos podem ser mudados, os hábitos mentais também podem ser reprogramados. O primeiro passo é desenvolver autoconsciência e aprender a identificar esses pensamentos automáticos.
📌 Para entender melhor a origem da baixa autoestima, leia: De onde vem a baixa autoestima?
Agora que sabemos como o piloto automático influencia nossa mente, vamos explorar o impacto da qualidade dos pensamentos na autoestima.
O Impacto da Qualidade dos Pensamentos na Autoestima
Seus pensamentos moldam sua realidade. A forma como você se vê, como interpreta situações e como reage aos desafios é diretamente influenciada pelo que sua mente repete todos os dias. Quando a qualidade dos pensamentos é negativa, sua autoestima se enfraquece, criando um ciclo de insegurança e autossabotagem.
Pessoas com baixa autoestima costumam ter um diálogo interno crítico e destrutivo, marcado por pensamentos como:
“Eu nunca faço nada certo.”
“As pessoas vão perceber que eu não sou boa o suficiente.”
“Não adianta tentar, porque eu sempre falho.”
Essas mensagens se tornam crenças limitantes e afetam diretamente a forma como você age. Se acredita que não é capaz, pode evitar desafios; se acha que não é digna de amor, pode se contentar com relações tóxicas. Aos poucos, essa visão negativa de si mesma se fortalece, tornando-se um padrão automático.
Por outro lado, pessoas com autoestima saudável cultivam pensamentos mais equilibrados e realistas, como:
“Eu posso aprender e melhorar com os erros.”
“Meu valor não depende da aprovação dos outros.”
“Eu mereço respeito e cuidado.”
Modificar o diálogo interno não significa ignorar dificuldades, mas sim desenvolver uma perspectiva mais construtiva. A forma como você fala consigo mesma importa—e muito!
📌 Quer aprender a transformar seu crítico interno em um aliado? Leia: O crítico interno: como ele afeta sua autoestima
Agora que entendemos a relação entre pensamentos e autoestima, vamos falar sobre como identificar e modificar esses padrões negativos.

Como Identificar Seus Pensamentos Automáticos
A maioria dos nossos pensamentos surge de maneira involuntária, sem que sequer percebamos. No entanto, se quisermos mudar padrões mentais que prejudicam a autoestima, precisamos primeiro aprender a identificá-los. O problema é que esses pensamentos muitas vezes operam em um nível tão automático que parecem verdades absolutas, quando, na realidade, são apenas interpretações subjetivas da nossa mente.
Passos para identificar seus pensamentos automáticos:
Pratique o journaling (escrita reflexiva): Anote seus pensamentos ao longo do dia, especialmente quando sentir emoções negativas. Pergunte-se: “O que eu acabei de pensar que me fez sentir assim?”
Faça check-ins mentais: Reserve momentos do dia para se perguntar: “No que estou pensando agora?” Isso ajuda a aumentar a consciência sobre seu diálogo interno.
Observe seus gatilhos: Situações específicas despertam certos pensamentos? Por exemplo, ao receber uma crítica, sua mente automaticamente diz “Sou um fracasso”? Identificar esses gatilhos é fundamental para quebrar padrões negativos.
Diferencie fatos de interpretações: Pergunte-se: “Tenho evidências concretas para esse pensamento ou estou apenas supondo?” Muitas vezes, tratamos suposições como verdades.
Crie um mapa de crenças: Liste frases que você costuma repetir sobre si mesma e reflita sobre sua origem. Elas vieram de experiências da infância? De críticas de outras pessoas? De comparações?
Essas práticas ajudam a desenvolver autoconsciência, permitindo que você enxergue seus pensamentos com mais clareza e, com o tempo, substitua os que não te fortalecem.
Para aprofundar essa prática, leia: Nove formas de ter mais autoconsciência
Agora que você sabe como identificar seus pensamentos automáticos, vamos explorar estratégias para mudá-los e fortalecer sua autoestima.
Estratégias para Tornar-se Mais Consciente dos Pensamentos
Agora que você aprendeu a identificar seus pensamentos automáticos, o próximo passo é desenvolver estratégias para se tornar mais consciente deles e, com isso, reprogramar padrões negativos que afetam sua autoestima. Esse processo exige prática, mas pequenas mudanças diárias podem gerar transformações significativas.
A. Mindfulness e a Atenção Plena
O mindfulness é uma técnica que ajuda a cultivar a consciência do momento presente, permitindo que você observe seus pensamentos sem ser dominada por eles. Em vez de reagir automaticamente a cada pensamento negativo, você aprende a notar sua presença e decidir conscientemente como lidar com ele.
Exercício simples de mindfulness:
- Feche os olhos e respire fundo.
- Observe seus pensamentos sem tentar mudá-los. Apenas perceba o que está passando pela sua mente.
- Pergunte-se: “Esse pensamento me fortalece ou me enfraquece?”
- Se for um pensamento negativo, visualize-o indo embora como uma nuvem no céu.
Essa prática ajuda a reduzir a identificação com pensamentos destrutivos e a cultivar uma mente mais equilibrada.
Saiba mais sobre como aceitar seus pensamentos sem julgá-los: Autoaceitação: Como desenvolver?
B. Reestruturação Cognitiva: Transformando Pensamentos Negativos
A reestruturação cognitiva é uma técnica usada na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para modificar padrões de pensamento prejudiciais. O objetivo é substituir crenças limitantes por percepções mais realistas e saudáveis.
Como aplicar:
- Identifique um pensamento negativo (exemplo: “Nunca faço nada certo”).
- Questione sua veracidade: Isso é realmente verdade? Existe alguma evidência que prove o contrário?
- Crie uma alternativa mais equilibrada: “Eu já fiz muitas coisas certas antes, e erros fazem parte do aprendizado.”
Com a prática, seu cérebro começará a criar novas conexões, tornando os pensamentos positivos mais automáticos.
Para aprofundar essa técnica, leia: Diálogo interno positivo: Como transformar sua voz crítica em aliada
C. A Importância do Diálogo Interno Positivo
Se você falasse com uma amiga da mesma forma que fala consigo mesma, como ela se sentiria? Muitas vezes, nosso diálogo interno é cheio de julgamentos e críticas, sem que percebamos o impacto disso na nossa autoestima.
Exercício para melhorar seu diálogo interno:
- Sempre que se pegar pensando algo negativo sobre si mesma, pergunte-se: “Eu diria isso para uma pessoa querida?”
- Se a resposta for “não”, reformule a frase de uma maneira mais gentil e encorajadora.
- Exemplo:
“Eu sou um fracasso.”
“Estou aprendendo e melhorando a cada dia.”
Descubra a relação entre autoestima e autocompaixão: Autoestima ou Autocompaixão?
Agora que você tem ferramentas para tornar-se mais consciente dos seus pensamentos e transformá-los, vamos concluir essa jornada refletindo sobre como essas mudanças podem impactar sua autoestima a longo prazo.
Conclusão: A Jornada para uma Autoestima Mais Saudável
Seus pensamentos moldam sua autoestima, influenciando a maneira como você se vê e como interage com o mundo. Quando operamos no piloto automático mental, muitas vezes reproduzimos padrões de autocrítica e insegurança sem perceber. Mas agora você sabe que é possível sair desse ciclo.
Ao aprender a identificar seus pensamentos automáticos, questionar crenças limitantes e praticar o diálogo interno positivo, você dá um passo fundamental para fortalecer sua autoestima. Pequenas mudanças diárias, como a prática do mindfulness e a reestruturação cognitiva, podem transformar a forma como você se percebe e, consequentemente, sua vida.
Reflexão final: Seus pensamentos são realmente seus ou foram moldados por experiências, críticas e comparações externas? Se você pudesse escolher conscientemente no que acreditar sobre si mesma, o que mudaria?
Lembre-se: fortalecer a autoestima é uma jornada, não um destino. Cada passo na direção da autoconsciência e da autovalorização faz diferença. E se, em algum momento, você sentir que precisa de apoio extra, buscar ajuda profissional pode ser um recurso valioso para desenvolver uma relação mais saudável consigo mesma.
Seus pensamentos são realmente seus ou foram programados por experiências e críticas do passado?

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