A auto-estima está fortemente relacionada à maneira como você se vê e reage às coisas que acontecem em sua vida A baixa autoestima é caracterizada por um senso de pouco valor de si mesmo. As pessoas com baixa autoestima muitas vezes sentem-se indignas de receber amor, desajeitadas ou incompetentes. De acordo com os pesquisadores Morris Rosenberg e Timothy J. Owens, que escreveram Low Self-Esteem People, pessoas com baixa autoestima tendem a ser hipersensíveis, têm um senso frágil de si mesmo.
Uma avaliação capenga de si mesmo traz diversos danos, em várias áreas da vida. Mas como surge esta autoavaliação negativa?
Obviamente não existe uma origem única para todo mundo, os fatores que contribuem combinam e interagem de maneira diferente para cada pessoa. Antecedentes culturais, experiências da infância e outras circunstâncias da vida são por exemplo um dos componentes. Fazer um exercício de autoconhecimento e entender as causas da sua baixa autoestima é um primeiro passo importante no caminho de resgata-la.

Abaixo deixo alguns dos motivos comumente ligados a baixa autoestima:
Trauma
O abuso físico, sexual ou emocional pode ser a causa mais marcante e evidente da baixa autoestima. Ser forçado a uma posição física ou emocional pode ter um grande impacto na forma em que uma pessoa se percebe, associado a um sentimento de invalidação e pouco valor, além de vergonha, rancor e muitos outros sentimentos. A ajuda profissional é recomendável se você passou por uma situação assim e ainda não superou este trauma.
Cuidadores
Se você cresceu ouvindo que o que você fazia não foi bom o suficiente, se você foi criticado, não importa o que você fez ou o quanto você tentou, torna-se difícil se sentir confiante e confortável em sua própria pele mais tarde. Este fator tem um grande impacto na autoavaliação subjetiva que cada um faz de si. Uma ampla gama de possibilidades no estilo de educação que você recebeu influencia a sua autopercepção.
Estilo parental
O modo como fomos tratados em nossa família de origem pode nos afetar muito depois da infância. Por exemplo, se você tivesse um pai que o menosprezasse constantemente, comparasse você a outras pessoas ou dissesse que nunca chegaria a nada, você provavelmente carregaria essas mensagens com você hoje. As dificuldades de um pai com a saúde mental e o abuso de substâncias também podem mudar seu relacionamento com o mundo.
O Mundo
Muitas mensagens de mídia são projetadas para acentuar a sensação de que somos seres faltantes. O tempo todo, desde muito novos, somos bombardeados com tudo o que não somos e não temos. É bastante recente a abordagem de que devemos celebrar a nossa individualidade e padrões reais de beleza ainda são infelizmente, uma parte pequena nas propagandas. Atualmente as redes sociais tem também contribuído fortemente para esta sensação de não ser bom o bastante.
Sexo, raça e orientação sexual
Dezenas de estudos mostram que as mulheres são socializadas para se preocupar mais com a forma como são percebidas. O background racial e cultural, e a orientação sexual também contribuem para uma baixa autoestima, se a pessoa em questão sentiu-se discriminado ou excluído por apenas ser quem é.
Desafios acadêmicos
Todos nós temos inclinações para algumas áreas e dificuldades em outras, algumas pessoas mais que outras. A percepção de que não consegue acompanhar ou que não tem capacidade de entender uma matéria (ou qualquer coisa) e que se está ficando para trás, pode fazer com que seja internalizada uma crença de que não é bom o suficiente, ou capaz, ou ainda que existe algo errado em si.
Pares Negativos
Assim como a forma como somos tratados pelos pais ou responsáveis pode influenciar a autoestima, o mesmo acontece com a maneira como somos tratados por colegas, amigos e parceiros românticos. Fazer parte de um grupo social que o deixa para baixo – ao não respeitá-lo, ao pressioná-lo a fazer coisas com as quais não se sente confortável, ao não valorizar seus pensamentos e sentimentos etc. – pode fazer com que você sinta que algo está errado com você.

Padrões de Pensamento Negativo
Quando você se acostuma a sentir, pensar e falar sobre si mesmo de uma maneira particular, isso se torna hábito. Você provavelmente já ouviu falar de memória muscular – depois de realizar uma certa atividade física, como andar de bicicleta repetidas vezes, seu cérebro sinaliza automaticamente para os músculos que façam tudo o que a atividade exige – mantê-lo equilibrado no assento, por exemplo. Seus pensamentos e sentimentos realmente funcionam da mesma maneira às vezes. Se você sempre sentiu que é inútil ou inferior, se você pensa constantemente em pensamentos negativos e diz coisas negativas sobre si mesmo, é provável que você continue sentindo e pensando da mesma forma, a menos que você quebre o ciclo desafiando seus pensamentos negativos e sentimentos sobre si mesmo. Assim como nossa memória muscular pode aprender a maneira errada de realizar uma atividade física, nossas memórias de pensamentos e sentimentos podem aprender padrões imprecisos.
“Uma vez que você abrace seu valor, talentos e forças, isto neutraliza o que os outros pensam de negativo sobre você.” Rob Liano
As causas da baixa autoestima mencionadas não são as únicas, mas são bastante comuns. A última delas – o desenvolvimento de padrões de pensamentos negativos – pode ser responsável pela persistência da baixa autoestima na maioria das pessoas, independentemente das causas iniciais.
O importante a ser lembrado é que, em quase todas as situações ou condições, você pode fazer escolhas que melhorarão seu raciocínio. É possível mudar de forma como você se percebe e se avalia. O nível de Autoestima de cada um é uma construção que aprendemos a fazer, e com certeza não é imutável. Muitas pessoas sofrem por não conseguirem identificar suas qualidades e por não se sentirem merecedoras ou capazes. Mas é preciso ter a consciência clara de que esta é apenas a sua percepção e não representa a verdade.
Todos nós somos seres únicos, com qualidades, potencialidades, fraquezas e defeitos. Mas nenhum de nós é um ser “prontinho”. Estamos todos nos construindo. É preciso escolher as ferramentas com inteligência, amor e sabedoria.
Não desista de você. Cada um de nós é um ser insubstituível.
21 Comentários
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quando vai abrir a turma do curso de autoestima?
Excelente
Me comparo muito com os outros! Isso e muito ruim.
Sofri desse mal dos 18 aos 25, estou me recuperando somente agora, depois dos 25. Obrigado pelas dicas, adorei o blog, ganhou um novo leitor! Favoritei, Gratidão!
Oi Augusto!
Obrigada por sua visita e pela mensagem.
Fico feliz que tenha gostado.
Marina
Obrigado pelo conteúdo, está me ajudando muito.
Feliz em saber que está ajudando. Obrigada pelo comentário <3
Tenho A auto estima baixa, pode me ajudar?
Olá Vanusa! Te enviei um email.
beijinhos,
Marina
Tenho depressão, e toc, e depois que perdi meu emprego! Estou me sentindo inútil, Baixa autoestima.
Olá Edezio! A baixa Autoestima é bastante ligada à quadros depressivos e nesta situação o recomendado é ter acompanhamento médico.
Te estimo melhoras!
Que publicação incrível! Estou fazendo um TCA sobre a autoestima do adolescente e vim pesquisar o que pode causar a baixa autoestima nas pessoas, e eu achei esse texto muito bom! Te deixa bem reflexivo, e a forma como tudo foi falado claramente… Parabéns <3
Olá Eduarda! Que bom que o conteúdo da Academia de Autoestima foi útil pra você.
Um abraço,
Marina
Boa tarde! Estava eu aqui pensando o porque, eu tenho a autoestima baixa e encontrei este texto, que me fez lembrar e refletir algumas situações que passei na minha vida. Gratidão por você compartilhar conosco. Muito obrigada. Gratidão
Oi Elianise! Fico muito feliz que o conteúdo tenha sido útil pra você!
Obrigada por comentar.
Um abraço,
Marina
Olá! Estava aqui fazendo pesquisa e encontrei seu texto, muito bom! Gratidão1
Olá Jane! Fico feliz que tenha gostado. Obrigada por escrever. Um abraço pra você!
Estou em busca de como elevar auto estima ,gostei do texto,preciso de acompanhamento ,tenho ansiedade e depressão.
Olá Lucas! Fico feliz aue tenha gostado do texto. Obrigada por comentar.
Você já está fazendo acompanhamento para depressão e ansiedade? Se não, sugiro que comece por estas questões. Sei que pode ser fácil sentir-se sobrecarregado ainda mais com o fator ansiedade envolvido, e inevitavelmente isto vai afetar a autoestima de alguma forma. Por isto, acho interessante que você cuide primeiro da ansiedade e da depressão e quando estes temas estiverem sendo tratados e você estiver sentindo-se melhor, aí sim começar uma jornada de desenvolvimento da autoestima. Como se parece este caminho pra você?
Se tiver alguma dúvida por favor fique à vontade para entrar em contato através do botão do Whatsapp ao final da página.
Boa sorte com tudo.
Marina
Olá bom dia!
Adorei esse conteúdo, sofro com baixa autoestima e estou querendo mudar meus comportamentos acho que encontrei o caminho, só falta colocar em prática.
Obrigada por dedicar seus conhecimentos.
Oi Angélica! Fico feliz que tenha gostado do conteúdo e que tenha sido útil pra você. Se ainda assim precisar mais informações a Academia de Autoestima tem um curso que justamente para “encontrar” o caminho de desenvolvimento da Autoestima 😉
Um abraço pra você e boa sorte com tudo!
Marina