O hábito de se comparar impacta a sua Autoestima
De acordo com a teoria da comparação social, nos comparamos em uma tentativa de fazer avaliações precisas de nós mesmos. Mas a que custo? Embora a comparação possa parecer fonte de motivação e crescimento, também pode nos levar a insegurança e baixa Autoestima. Comparar-se a outras pessoas é um dos principais gatilhos para uma queda na autoestima, é na verdade um caminho curto e seguro para a autodepreciação.


Quando entramos em um estado de comparação a nossa visão torna-se distorcida, deixamos de ver o nosso próprio valor e pontos positivos. Na percepção desta lacuna do que gostaríamos de ser, fazer ou ter, pode surgir um sentimento de vergonha. Quanto maior a lacuna, maior a dor que nos causamos. Quando você se compara e acredita que deveria ser igual à pessoa comparada, acontece um estímulo a um sentimento de inferioridade, de ser menos, abre uma brecha para sentir-se um ser faltante. O que as outras pessoas são e as conquistas delas não está em seu controle, mas pelo bem da sua autoestima você pode aprender a parar de se comparar.
Na tentativa de educar pessoas social e moralmente aptas a viver em sociedade, somos ensinados a nos comparar.
Em muitas famílias, os pais usam comparações como forma de estimular comportamentos. “Você viu como Maria tirou boas notas? Você precisa estudar mais para ter notas como a dela” ou “Joana é tão bonita e magra. Você não acha que precisa emagrecer uns quilos?”. Não é somente os pais que fazem isso, mas o sistema educacional e a mídia, que nos diz como devemos parecer, ser, pensar, nos vestir e agir. Estas informações podem ser explícitas ou indiretas, mas a mensagem é a mesma.
É preciso estar bastante seguro de quem se é e do próprio valor, para não deixar-se abalar com tantas ideias do que “deveríamos” ser. Como muitas pessoas querem ter autoestima positiva, freqüentemente tentam se comparar positivamente com os outros. A comparação social ocorre quando tentamos criar uma imagem positiva de nós mesmos através de comparações favoráveis com outros que estão em situação pior do que nós.


Quando somos capazes de nos comparar favoravelmente com os outros, nos sentimos bem sobre nós mesmos, mas quando o resultado da comparação sugere que os outros estão melhores ou melhores do que nós, então nossa autoestima provavelmente sofrerá. Usar a comparação para nos sentirmos bem a nosso próprio respeito pode até funcionar – às vezes – mas é arriscada pois é mais provável que sempre acabaremos perdendo nestas batalhas de comparação, já que não escolhemos uma pessoa para nos compararmos, mas a diversos “ideias” que elegemos, nas diversas áreas da vida.
O seu valor vem de dentro. É quem você é como pessoa, independentemente dos elementos externos. Não depende do que os outros estão fazendo. Nestes tempos de muita exposição nas mídias sociais é fácil sucumbir às aparências de vidas perfeitas exibidas nos feed. É preciso lembrar que as aparências enganam. Todos enfrentam seus próprios desafios e inseguranças, embora muitos sejam bons em esconde-los.
Quase sempre vemos apenas o sucesso alheio, sem jamais sabermos os percalços percorridos e os erros cometidos. Comparamos o resultado visto invejado com as nossas labutas, como se fôssemos os únicos a cometer erros. Isto é injusto é dá uma impressão equivocada de inadequação.
É preciso fazer um esforço ativo e consciente para se descolar das crenças do que é certo ou errado. O que é certo para uma pessoa pode não ser para outra. Faça o que for certo para você no momento certo para você. É importante lembrar que sempre haverá alguém melhor que você em alguma coisa. Essa é a vida, não importa quem você seja.
Além disso, o hábito de se comparar pode enfraquecer as conexões humanas.
Se nos compararmos e concluirmos que somos menos, nos sentimos inferiores e inseguros e então queremos nos esconder, nos afastar dos outros para que eles não nos vejam como não amáveis ou incapazes como nos vemos. A conexão humana parece cortada.
Se nos compararmos e concluirmos que somos melhores, podemos nos sentir superiores. Podemos não colocar em uma posição de não querer conexão com aqueles que julgamos “abaixo”, o que mais uma vez enfraquece o elo das conexões humanas. Além de afetar a Autoestima, a comparação incentiva a competitividade e o individualismo, e novamente nossas ligações humanas saem afetadas.
A única pessoa com quem é justo e honesto nos compararmos é conosco mesmo, com o nosso próprio progresso e desenvolvimento, pois definir seu valor baseado no valor do outro é como dirigir na estrada prestando atenção à pista ao lado. Não faz sentido e é perigoso. Quando estamos comprometidos com nosso próprio bem estar e reconhecemos o mal que fazemos a nós mesmos por meio de comparações, podemos decidir parar. Podemos escolher nos tratar com mais respeito e carinho, como fazem as pessoas que tem uma Autoestima positiva.
Leia também:
????????Muito bom!!! Esse artigo é um complemento importantíssimo para o artigo sobre autoestima na infância, porque o resultado deste conhecimento é o que origina o comportamento dos pais de amanhã.