Como a Autoestima afeta as suas decisões de vida
Você já parou para pensar por que escolheu um caminho e não outro? Por que aceitou menos do que merecia? Ou hesitou em dizer “sim” para uma oportunidade incrível — ou um amor improvável? Pois é… a resposta pode estar bem mais perto (ou mais dentro) do que imagina: na sua autoestima.
A autoestima é essa lente silenciosa, mas poderosa, por meio da qual enxergamos o mundo — e a nós mesmas. E não se engane: ela interfere em praticamente tudo. Das roupas que escolhemos ao tipo de carreira que acreditamos merecer. Neste artigo, vamos explorar, com a curiosidade de quem abre um mapa antigo, como a autoestima afeta suas decisões de vida. Pronta para essa jornada?

O que é autoestima e por que ela importa tanto assim?
Autoestima não é apenas se sentir bonita no espelho (apesar de isso ajudar, claro). É a avaliação que você faz de si mesma — da sua competência, valor, merecimento e capacidade de lidar com os desafios da vida. É o quanto você se sente digna de ser feliz, amada e bem-sucedida.
Quando a autoestima está em equilíbrio, você toma decisões mais alinhadas com seus valores. Quando está baixa, você se sabota antes mesmo de começar. E é aí que mora o perigo.
“A forma como você se vê molda o que você aceita — e o que você recusa.”
Se quiser aprofundar esse conceito, este guia vai te ajudar: O que é esta tal autoestima?
Como a autoestima se forma (e se deforma)?
Desde pequenas, somos como esponjinhas emocionais. Absorvemos palavras, gestos, silêncios e olhares. Um elogio aqui, uma crítica ali, uma comparação com a coleguinha que “tira 10 em tudo”… tudo isso vai construindo o nosso autoesquema — a forma como percebemos quem somos.
E não para por aí. O tempo passa, mas o velho crítico interno continua sussurrando no ouvido:
“Você nunca vai conseguir.”
“Não é boa o suficiente.”
“Melhor não tentar, vai dar errado.”
Reconheceu? Isso é comum. E perigoso. Como explica este artigo: O crítico interno
Influências na formação da autoestima
| Fatores Positivos | Fatores Negativos |
|---|---|
| Apoio emocional dos pais | Críticas constantes e humilhação |
| Reforço positivo de habilidades | Comparações excessivas |
| Ambiente seguro para errar | Falta de reconhecimento |
| Autonomia incentivada | Superproteção ou negligência |
| Feedback construtivo | Bullying e rejeição social |
Decisões profissionais: autoestima ou sabotagem?
Uma das áreas onde a autoestima mais se manifesta é na carreira. Quantas vezes você:
Duvidou da própria capacidade de se candidatar a uma vaga melhor?
Se contentou com menos salário por achar que não merecia mais?
Disse “sim” a uma carga de trabalho absurda só para agradar?
A baixa autoestima se infiltra sorrateiramente nas decisões profissionais. A autoconfiança — que é como um braço da autoestima — vai minando, e você começa a acreditar que é normal viver cansada, invisível, estagnada.
Por outro lado, mulheres com autoestima fortalecida tendem a se posicionar melhor, traçar metas mais ousadas e reconhecer o próprio valor. Elas não têm medo de errar — têm medo de não tentar.
Para aprofundar neste assunto: Como lidar com o medo do fracasso e a falta de confiança em suas habilidades

Autoestima e relacionamentos: o que você aceita diz muito
Ah, os relacionamentos! Quantas decisões afetivas são tomadas (ou adiadas) por medo de não ser suficiente? A autoestima influencia diretamente:
O tipo de parceiro(a) que você escolhe
O que você tolera em nome do “amor”
A coragem de terminar algo que te diminui
Mulheres com baixa autoestima tendem a se anular, aceitar migalhas emocionais, evitar confrontos e colocar as necessidades do outro acima das próprias. Afinal, no fundo, acreditam que é o que “merecem”.
Já mulheres com autoestima elevada reconhecem quando algo faz mal. Elas sabem que podem ser amadas sem se sacrificar.
Sinais de que sua autoestima está interferindo no amor
Você evita discutir, mesmo estando certa
Tolera desrespeito para não ficar sozinha
Precisa de validação constante do outro
Tem medo de expressar desejos e limites
Permanece em relações por culpa ou medo
Esse tema é tão essencial que vale se aprofundar: Autoestima e relacionamentos
Escolhas financeiras e estilo de vida: autoestima também mora aí
Sim, até suas finanças falam da sua autoestima. Pessoas com autoimagem positiva:
Têm mais clareza sobre o que merecem
Sabem dizer “não” para excessos e dívidas por status
Investem em si mesmas: cursos, saúde, tempo de qualidade
Já quem tem autoestima fragilizada pode usar o consumo para anestesiar frustrações: “eu mereço esse sapato (mesmo sem poder pagar)”. Ou o contrário: viver sempre no modo escassez, como se não fosse digna de abundância.
Aliás, seu estilo de vida também reflete seu amor-próprio. A forma como você cuida de si, os espaços que ocupa, o descanso que permite, tudo comunica seu valor.
As armadilhas da baixa autoestima nas decisões cotidianas
A baixa autoestima pode ser tão silenciosa quanto um pensamento fugaz — e tão influente quanto uma bússola torta. Ela não grita; ela sussurra: “melhor não”, “você não consegue”, “isso não é pra você”. E sem perceber, você começa a dizer não para si mesma antes de dizer sim para a vida.
Vamos explorar algumas armadilhas clássicas:
1. Comparação constante
Aquela sensação de que todo mundo está indo melhor que você? Bem-vinda ao clube das comparações tóxicas — um dos efeitos colaterais mais comuns da baixa autoestima. E o pior: normalmente nos comparamos com o que os outros mostram, não com o que realmente vivem.
2. Perfeccionismo paralisante
“Ou faço perfeito ou nem começo.” Parece produtivo, mas é só medo disfarçado. O perfeccionismo muitas vezes esconde uma autoimagem frágil que teme ser julgada.
3. Procrastinação emocional
Adiar decisões importantes por medo de errar, de decepcionar ou de descobrir que “não é boa o suficiente” para aquele projeto, curso ou recomeço.
4. Aceitação passiva
Concordar com o que os outros dizem ou querem para evitar conflitos, mesmo quando isso significa se trair.
5. Escolhas que visam agradar, não crescer
Buscar validação externa em vez de autenticidade. O famoso “viver para os outros” — e se perder de si.
Se você se identificou com algum desses pontos (ou com todos), fique tranquila: é possível mudar. Reconhecer já é o primeiro passo.
Aliás, esse texto aqui é um convite a parar de se comparar: Pare de se comparar!

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Estratégias para elevar sua autoestima e melhorar suas escolhas
Agora que já exploramos os efeitos da autoestima nas decisões, que tal olhar para a solução? Aqui estão práticas que podem transformar a forma como você se enxerga — e, consequentemente, as decisões que toma:
1. Cultive o autocuidado como ritual, não como recompensa
O autocuidado vai além de um banho relaxante. É cuidar da alimentação, do sono, do tempo, dos pensamentos e dos limites. É um “sim” diário para você mesma.
Leia mais: Autocuidado essencial
2. Desenvolva autoconfiança por meio de pequenas vitórias
Não espere grandes marcos para se sentir capaz. Estabeleça microdesafios e celebre cada conquista. Isso reforça a crença de que você é competente — porque você é!
3. Trabalhe o seu diálogo interno
Como você fala consigo mesma quando erra ou se frustra? Seja sua melhor amiga — e não sua pior inimiga. Substitua críticas por compaixão ativa.
4. Reescreva crenças limitantes
Questione afirmações como “não sou boa nisso”, “não tenho talento”, “não mereço”. Pergunte: “Isso é verdade? Ou é uma história antiga que ainda estou contando?”
5. Pratique a autoaceitação (sem acomodação)
Aceitar-se não é se conformar. É reconhecer quem você é agora — com amor — enquanto escolhe crescer.
Conclusão: Quando você se enxerga com valor, o mundo também enxerga
Tudo o que você decide — aceitar um novo desafio, recusar um relacionamento tóxico, mudar de carreira, cuidar do seu corpo, dizer “não” — nasce de uma única fonte: a forma como você se enxerga.
Uma autoestima saudável não significa se sentir incrível o tempo todo. Significa confiar que você é digna de tentar, errar, acertar, recomeçar. E de ser feliz. Ponto.
Cultivar autoestima é, no fundo, um ato de coragem. De viver a vida como protagonista, e não como figurante de histórias alheias.
E aí, que decisões você tomaria hoje se realmente acreditasse no seu valor?

É no Autoconhecimento que tudo começa. Sem autoconhecimento não é possível ter uma autoestima saudável. Neste curso de 14 dias vamos explorar as principais áreas que envolvem você e a sua autoestima.





