O Efeito Sombra popularizou-se devido ao documentário e livro homônimos, este escrito por Debbie Brown, Deepak Chopra e Marianne Williamson, em 2010. Entretanto, o pai do conceito e do termo foi o psicanalista Carl Jung.
O livro de Debbie Brown traz o entendimento da essência da sombra Junguiana, e é fundamental no processo de Autoconhecimento e integridade da pessoa, da individuação.
Mas, o que é o lado sombra ?
Enquanto crescíamos física, emocional e psicologicamente, na busca por aceitação, amor e atenção, deixamos consciente aquelas partes que escolhemos mostrar, enquanto escolhemos renegar as nossas emoções e características que sofreram punição ou desaprovação.

Enquanto crescíamos física, emocional e psicologicamente, na busca por aceitação, amor e atenção, deixamos consciente aquelas partes que escolhemos mostrar, enquanto escolhemos renegar as nossas emoções e características que sofreram punição ou desaprovação. O lado sombra – que todos temos – é a parte que aprendemos a mascarar, é aquela parte que preferimos não exteriorizar, é o que preferimos não ser, e justamente por não ser aceita é renegada ao inconsciente. Para Jung, sombra “é a parte negativa da personalidade, isto é, a soma das propriedades ocultas e desfavoráveis, das funções mal desenvolvidas e dos conteúdos do inconsciente pessoal”.
“Nós tentamos com toda a nossa força, fingir que não somos aquilo que odiamos… uma tarefa que o ego crê ser vital para a nossa existência”
Debbie Brown
Neste processo criamos uma persona, que é o resultado do lado que julgo aceitável e merecedor de amor que eu exteriorizo; e a parte de mim que escolho suprimir por pensar não ser digna de amor e respeito. Assim, acentuo a demonstração das minhas qualidades e diminuo as minhas características que não são moral, social ou eticamente aceitas. O problema desta equação é que deixo de ser íntegro e passo a projetar este lado renegado em outras pessoas, por exemplo, a mulher austera e recatada que se veste de maneira sóbria e condena, julga e critica a mulher que veste a sua sensualidade de forma espontânea, mesmo que esta tenha retidão em suas ações e comportamento.
Por algum motivo, em algum momento, aquela mulher austera renegou a sua própria sensualidade e vestiu o papel que escolheu desempenhar, como oprimiu um lado que é seu por natureza, acaba nutrindo um sentimento de admiração e inveja por aquela que consegue expressar e ser o que ela não é.
“Nós temos todas as emoções e características humanas, sejam elas ativas ou adormecidas, conscientes ou inconscientes. Não há nada que possamos reconhecer ou conceber, que já não sejamos…
A nossa sombra está sempre se escondendo de si mesma. Em lugar de confrontar a nossa própria obscuridade, projetamos estes aspectos não desejados nos outros. Temerosos de nossa falta de valor e também de nossa própria falta de grandeza, inconscientemente projetamos esses aspectos nos outros, sem vê-los em nós mesmos” Debbie Brown
Segundo Marie-Louise von Franz, discípula de Jung, a sombra não é algo ruim. é a forma de se conectar ao mundo externo. Por mais que eu a negue, a minha sombra é parte de mim e reintegrá-la requer o esforço do autoconhecimento e da auto responsabilidade. Ao reconhecer e acolher as minhas partes faltantes, caminho para sentir-me íntegra e humana, com todas as qualidades e imperfeições.
A sociedade pós-moderna cultua o belo, o bom, justo e bonito, ainda mais nestes tempos de vidas perfeitas expostas nas redes sociais. Acabamos desenvolvendo máscaras, nas quais tentamos acreditar e como não conseguimos abafar o lado sombra todo o tempo, a autoestima e a autoaceitação podem sair feridas.
“Quando compreendemos plenamente a alma humana, descobrimos que é um lugar de ambiguidades, contradições e paradoxos. Todas as experiências são o resultado do contraste entre a luz e a sombra, o prazer e a dor, acima e abaixo, passado e futuro… A alma humana é ao mesmo tempo divina e diabólica, sagrada e profana, pecadora e santa. Uma vez que você entenda isso, primeiro descobrirá que ter uma sombra é normal. Para que exista manifestação, as energias opostas são necessárias. Você necessita dos seus inimigos para ser quem você é. Se você tiver verdade, bondade e harmonia de um lado e a ausência do oposto do outro, não haveria impulso criativo” Deepak Chopra
O que você mais critica nos outros ? Que comportamentos te irritam, você julga e condena ? Aí estão pistas para o caminho da sua sombra. Desejo um feliz reencontro.
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