Diálogo Interno: O que você se diz ?
Todos nós falamos sozinhos, o tempo todo. A maioria das vezes de forma não verbalizada e muitas pessoas ainda não se deu conta deste diálogo. Ao longo do dia estamos constantemente pensando e interpretando as situações em que nos encontramos. Esta conversa que acontece na mente inclui nossos pensamentos conscientes, bem como nossos pressupostos ou crenças inconscientes, é uma espécie de filtro que avalia, julga, dá o tom, a cor e a forma como interpretamos as situações.

Grande parte de nossa conversa interna diz respeito a situações corriqueiras como “preciso pagar a conta”, “vou ao mercado depois do trabalho”, “amanhã é aniversário de fulano, o que vou comprar de presente?”, são os lembretes que nos mantém funcionais, cumprindo com as obrigações e compromissos. A grande questão é de que forma damos continuidade a estas conversas. Se eu esqueço de pagar a conta, por exemplo, posso ter pensamentos do tipo: “Como fui esquecer de pagar esta conta ? Sou muito cabeça de vento mesmo, não consigo fazer nem isto direito”, o que pode desencadear um ciclo de negatividade. Dependendo da forma como eu falo comigo mesma, posso estimular ou diminuir a autoconfiança, autoestima e meu desenvolvimento pessoal. Se eu consistentemente reforço uma baixa opinião de mim mesma, esta passa a ser uma verdade e minhas atitudes serão de acordo com ela.
Pense nisto por um minuto; Se você está constantemente se depreciando, como você pode esperar se sentir bem, acreditar e confiar em si mesma ?
Você pode nem sequer estar ciente de toda a extensão do seu diálogo interno negativo, mas quando você está armado com um pouco de conhecimento, você pode fazer algumas mudanças realmente positivas. É por isto que devemos estar atentos às nossas conversas internas. Tomando consciência deles, é possível testar, desafiar e mudar os padrões habituais. Mudar esta conversa interna é realizável, além de desejável. Com a prática, é possível substituir pensamentos tóxicos por outros saudáveis e estimulantes, para que possa agir de forma congruente.

Uma vez que você decida olhar para os seus pensamentos como um observador, provavelmente ficará surpreso com o quanto seu pensamento é impreciso, exagerado ou focado nos aspectos negativos das situações. O primeiro passo é tornar-se consciente do que você costuma se dizer, e com qual frequência. Sempre que você se encontra em um estado de espírito negativo, preste atenção às coisas que você está dizendo e como elas fazem você se sentir. Sempre que você se sentir deprimido, irritado, ansioso ou chateado, use isso como um sinal para parar e tomar consciência de seus pensamentos. Sugiro que então você se faça algumas perguntas, para que esta consciência seja ampliada e assim, possa ser revertida:
– Os meus pensamentos são realistas ou apenas as minhas interpretações ? Como posso ter certeza?
– Estou olhando para a situação de for
ma negativa ?
– Existem outras maneiras de eu olhar para essa situação?
– Se eu fosse mais positivo, como olharia para esta situação?
– Esta maneira de pensar é produtiva ?
– Como eu prefiro pensar ? Esta última pergunta é a chave para a mudança. Os pensamentos não são seres com vida própria, muito menos animais indomáveis. É possível e recomendável que se escolha de forma consciente os próprios pensamentos.
30 perguntas para avaliar a autoestima
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